sábado, 26 de novembro de 2016

Controle de qualidade divino


 E ali os colocou à prova.

                       Êxodo 15.25

Na sala de provas das grandes indústrias de aço, há pequenas divisões e compartimentos, onde colocam as peças de aço após serem provadas. Cada peça recebe o número correspondente ao seu ponto de resistência. Algumas ficam retorcidas, outras são quebradas, esticadas, prensadas, comprimidas, encolhidas, amassadas até ao ponto máximo de resistência à tração, compressão, e todas trazem o registro de sua capacidade de tolerância total à tensão exposta. De forma que o responsável pelo controle de qualidade, saiba exatamente o que aquele material de aço suporta sob pressão; onde poderia utiliza-lo, se numa grande embarcação, navio, aeronave, edifício, ponte de sustentação, maquinários, viadutos, passarelas, rodovias... E esta informação imprescindível, só a sala de provas é que pode identificar, não há outro meio.
E é exatamente isto que acontece com os filhos de Deus. Ele não pode utilizar na Obra os vasos de cristais, vidros, porcelana. É necessário nos embates, que sejamos como essas peças de aço, enrijecidas, capazes de suportar torções e solavancos, compressões até ao máximo sem desfalecer, nem esmorecer ou melindrar.
Não podemos ser eternamente como plantas de estufa, numa redoma, mas nos tornarmos como os carvalhos robustecidos pelas tempestades; não sejamos apenas como as dunas de areia, movidos por qualquer rajada de vento, mas como as rochas de granito, provados pelos furiosos temporais. Entretanto, para que nos tornemos assim, é imprescindível passarmos pela sala de provas do sofrimento, só ali na fornalha da angustia, solidão e dor, nossa fé é provada, aprovada e solidificada.
É tremendamente simples, fácil demais falarmos e apresentarmos teorias sobre a fé, porém, o SENHOR no leva ao cadinho para refinar nosso ouro e separar dele as escórias e as imperfeições. Bem aventurados somos nós, se as tempestades, circunstancias, furacões que revolvem, encrespam o inquieto mar da nossa existência, tem o benéfico efeito de tornar o Mestre Jesus ainda mais real, vivo, precioso e presente ao nosso endurecido coração. Pois é infinitamente melhor enfrentarmos a tempestade com Deus, do que as águas mansas e calmas na ausência Dele.
O que seria de nós, se o Criador não usasse a escola do sofrimento para nos lapidar, amadurecer e alargar-nos a visão?

"O Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho" (Hebreus 12.6).

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