O Senhor não vê como o homem: o homem vê a
aparência, mas o Senhor vê o coração.
1 Samuel 16.7
Sem dúvida alguma essas palavras foram
escritas para os marginalizados socialmente; sim, os rejeitados, renegados,
refugos, inadequados, esquecidos, os que se sentem como peixes fora d'água,
excluídos. Deus usa a todos eles; todos somos Suas criaturas e Ele nos ama
igualmente, indistintamente ocupamos o nosso lugar no Seu coração de Pai.
Moisés fugiu da justiça, Jonas fugiu de
Deus, Raabe dirigia um bordel, Sansão cortejou a mulher errada, Jacó trapaceou
ao pai, Elias correu de Jezabel para refugiar-se, Sara perdeu a esperança, Ló andou
com a multidão errada, mas Deus usou a todos eles, independentemente de suas
limitações.
E Davi? Deus viu um adolescente
servindo-lhe lá no meio do mato, em Belém, entre o tédio e o anonimato, e, com
a voz de um irmão, Deus chamou: "Davi! Entre. Alguém quer vê-lo". Os
olhos humanos viram um adolescente magricelo, inexpressivo entrar na casa,
cheio de carrapichos, cheirando a ovelha e com a aparência de quem carecia urgentemente
de um banho. Contudo, o SENHOR disse: "É este! Levante-se e unja-o" (1
Samuel 16.12).
Deus viu o que ninguém viu: um coração que
o buscava. Davi, apesar de todos os seus defeitos, buscava a Deus assim como um
sedento anseia pela água. Ele procurava tocar o coração de Deus, porque
esperava e confiava plenamente em Deus. E isto era exatamente tudo o que Deus
queria ou precisava no momento... e o suficiente para o que Ele quer ou espera
de nós hoje. Outras pessoas medem o tamanho de nosso bíceps ou de nossa
carteira, a nossa aparência e desempenho ou a quantidade de cartões de crédito que
possuímos, mas Deus não, pois afinal, tudo vem Dele... Ele examina os corações.
Quando encontra um coração voltado, inclinado para Ele, o chama, o molda, o
transforma e o reclama para si...
"Filho meu dá-me teu coração, e
deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos" (Provérbios 23.26).
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