Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em
que você está é terra santa.
Êxodo 3.5
Para escalarmos até o cume do monte, é
necessário que estejamos no vale. Para distinguirmos a luz, é preciso conhecermos
as trevas. É necessário santidade, reverencia, prostração para tocarmos a orla
das vestes do SENHOR.
As grandes histórias da vida dos intrépidos
e corajosos discípulos iniciam-se com capítulos de muita insegurança, e imenso
terror. Medo da morte, da fome, do fracasso, da solidão, do abandono. Medo de
investir tempo e falhar em conhecer a Deus. Medo de desperdiçar a vida em troca
de nada.
"Nós deixamos tudo para seguir-te! Que
será de nós?" (Mateus 19.27).
A trajetória da fé inicia-se quando
vislumbramos o SENHOR no cume do monte. Mas nos encontramos no vale e avaliamos
que não dispomos de recursos nem capacidade para escalarmos até o topo. Medimos
nossas forças e percebemos que o nosso tudo é infinitamente insuficiente para
realizarmos ou empreitarmos algo.
Foi mais ou menos assim com Moisés diante
do mar, com o inimigo ao seu encalço, era nadar ou lutar, ou melhor: era morrer
ou morrer, nenhuma opção era promissora, não havia saída plausível...
Paulo, grande erudito, profundo conhecedor
da Lei, zeloso especialista do sistema judaico; contudo, um vislumbre da glória
de Deus o convenceu de que seus valores, sacrifícios e símbolos, eram simplesmente
trapos de imundície e já não eram suficientes, não o preenchiam e nem bastavam
mais.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais
tomamos consciência da nossa pequenez, ela se evidencia e se avoluma de forma
progressiva. Isso nos leva a pensar que a fé que se inicia com reverencia e
temor nos conduzirão mais próximos do Altíssimo.
Há um dito popular que diz: “O caminho rumo
a Deus, primeiro é para baixo”. E isso nos remete ao antigo hino que diz: “Ensina-me
a descer SENHOR, para encontrar teus montes”...
"Quem poderá subir o monte do Senhor?
Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem as mãos limpas e o
coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos" (Salmos
24.3,4).
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