quinta-feira, 2 de junho de 2016

O grande Artífice


Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá.

                                 João 13.7

Em nossa ótica, temos uma limitada visão do agir de Deus: contemplamos parcialmente a realização e execução de seus projetos, mas a conclusão será completa em toda sua plena beleza no Templo da eternidade.
Caminhemos até as exuberantes colinas do Líbano, no período do maior e mais expressivo reinado de Israel. Contemplemos os soberbos cedros, orgulho da vegetação... destinados a sucumbir ao duro golpe da serra e do machado! Ao tombar a “Arvore de Deus”, como eram chamadas, causam espanto, admiração, horror e repulsa contra o ato cruel, brutal e grotesco desferido àquele soberbo pilar da natureza.
Mas aguardemos um breve momento. Acompanhemos de perto a trajetória dos robustos troncos, que são rolados pelos lenhadores de Hirão, através do flanco do monte, empilhados em jangadas e transportados pelas profundas águas do Mediterrâneo. Dentro de pouco tempo, os veremos transformados a reluzir, polidos, ornamentando o Templo de Deus. Nos embasbacamos ao vê-los imponentes em seu estágio final, enfileirados no Santo dos Santos, diadema do Grande Rei. Será que lamentaremos e questionaremos em que a “glória do Líbano” tenha sofrido um desfalque, tenha sido despojada, para que seus cedros destinassem a sustentar e figurar em tão nobre engaste?
Aqueles cedros eram sem dúvida alguma, um majestoso ornamento no santuário da natureza, mas temos que constatar que a glória da última casa foi imensamente maior que a da primeira!
Exatamente assim é Deus para conosco. Quantos de nós hoje, não estamos sucumbidos diante das serras e dos machados de Deus, sim, o machado da humilhação, a serra da provação, somos muitas vezes expostos, despojados, subtraídos, desnudados, desacreditados pelos serrotes a nos lapidar... Não entendemos os motivos para situações tão severas e adversas, caminhos misteriosos e obscuros, mas certamente Deus tem em vista algo nobre – são as colunas eternas na Sião celestial, são diademas reais, coroas de glória nas mãos do nosso eterno Deus.

"Sejam todos humildes uns para com os outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória" (1 Pedro 5.5,6,4).

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