Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova
dentro de mim um espírito estável.
Salmos 51.10
Estamos sedentos, esta é a correta
definição. Não sede de fama, conquistas, paixões, romances, riquezas ou bens
palpáveis. Não, não, já sorvemos dessas poças, são águas insalubres, incapazes
de saciar; nossa sede vai além, é bem mais profunda que estas águas turvas e
revolvidas que, além de não aplacarem nossa necessidade ainda produz gradativa
morte, mas:
"Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça, porque serão fartos" (Mateus 5.6).
Justiça. É exatamente isto, é a medida da
nossa sede; sim estamos sedentos de consciência limpa, sermos livres de tudo que pese
contra nós, ou nos acuse; dos débitos e das cobranças... Almejamos um grande faxina,
um banho de limpeza, daqueles de banheira com sais, capazes de limpar a própria
alma... Desejamos muito um recomeço que vire nossa página suja e manchada, termos
uma nova ficha, um novo papel em branco...
Clamamos por uma mão poderosa, capaz de
penetrar na escura caverna da nossa existência, na masmorra do nosso interior e
que faça por nós tudo aquilo que não podemos, diante do qual nos sentimos
impotentes e incapazes: tornar-nos puros e justos novamente...
"Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça" (1 João 1.8-9).
"Quem é comparável a ti, ó Deus, que
perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu
que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo
terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados
nas profundezas do mar" (Miquéias 7.18,19).
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