Portanto, quem se tornar
humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
Mateus 18.4
Desde os nossos primeiros
e inseguros passos, somos orientados: homens não choram, mantenham firmes sobre
seus próprios pés, sejam fortes e agressivos, prevaleçam no grito, os fortes sempre
vencem aos fracos, façam valer seus direitos de qualquer maneira, não vacilem,
sejam confiantes não deem moleza...
Nosso orgulho leva-nos a negligenciar
os mandamentos do SENHOR, pensamos sempre: “A minha própria maneira, ainda é a
melhor”! Pouco a pouco nos tornamos presunçosos e confiantes em nossas
habilidades para lidar com as tarefas no cotidiano. Só voltamos para Deus
quando as coisas se tornam difíceis e percebemos que sem Ele nada podemos. Não
percebemos que é idolatria o nosso orgulho, e que o ego torna-se o nosso ídolo.
Na dura competitividade
dos nossos dias, somos engolidos pela corrida desenfreada da modernidade, onde
a humildade torna-se um defeito e não virtude. Brandura e gentileza tornaram-se
qualidades obsoletas, evitadas pelos que desejam ser bem-sucedidos e aos que aspiram
ao topo do pódio.
Somos o povo que tem
pressa, que corre muito desde cedo para chegar primeiro, passar na frente... Somos
arbitrários, permissivos, disponíveis no mercado de valores mundano... Desde o
berço aprendemos a empurrar, puxar, chutar, subtrair, lutar, gritar para ir
adiante, para deixar nossa marca no mundo, para não sermos esquecidos, apagados
da memória eterna... Queremos a todo custo plantar nossos pés na calçada da fama,
contendemos ferozmente por nossos direitos, cremos na filosofia de que ser
grande é ser o primeiro, ser valente, atrevido, impor-se, bater recordes,
prevalecer sobre os outros é o melhor que se pode conquistar, temos que puxar a
brasa para nossa sardinha, precisamos vender nosso peixe, não importa por
que meio, se violamos os direitos dos outros, paciência... Direito não reclamado é
direito inexistente!!!!
Diante de tudo isso soa antagônico
e chocante para nós quando ouvimos do SENHOR:
"Quem quiser
tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro
deverá ser escravo"; (Mateus 20.26,27).
O caráter despojado do
amor de Deus simplesmente não permite vangloria nem pomposidade, nele não cabe
a suntuosidade, não há lugar para o inchaço do ego vaidoso, arrogante e presunçoso...
"O amor é paciente, é
bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não
procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se
alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. O amor nunca perece"; (1 Coríntios 13.4-8).
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