sexta-feira, 11 de março de 2016

Companheiro na Angústia


Por que estás tão longe, Senhor? Por que te escondes em tempos de angústia?
                                   Salmos 10.1

É bem verdade que Deus é nosso “socorro presente na angústia”, mas para o nosso próprio bem e crescimento espiritual, permite que as tribulações nos alcancem, como se com descaso ou indiferente à pressão perturbadora na qual nos deparamos, Ele tudo observa e Se contem para não intervir; para que esgotemos nossos argumentos, superemos nossos limites, cheguemos ao final de nossas próprias forças e descubramos o valor do tesouro escondido, o imenso lucro adquirido na tribulação.
Tão certo como Ele vive e está presente em todos os lugares ao mesmo tempo, podemos nos assegurar de que Aquele que permite o sofrimento está no controle de tudo, e está conosco na dor que sofremos. Não é tão simples manter a serenidade em meio às adversidades e lutas, e é bem possível que só O vejamos quando a aflição já estiver mais amena, menos aguda... Mas precisamos manter viva a convicção de que Ele jamais nos abandona no sofrimento. Não podemos visualizar Aquele a quem amamos e que nos amou primeiro senão pelos olhos espirituais, nossos olhos carnais são limitados, estão vendados pelo brilho ofuscante dos valores terrenos, tudo é noite e sem discernimento as vendas nos cegam, de forma que não podemos distinguir em meio a dor, nosso Sumo Sacerdote, mas Ele ainda está ali, ao nosso alcance, profundamente compadecido, pronto para intervir se a carga tornar-se maior do que nossas forças, se fraquejarmos suas fortes mãos prontamente nos sustentam.
Não consideremos a gravidade de nossos sofrimentos, mas a Sua imutável fidelidade; e embora não O vejamos, podemos tranquilamente com Ele dialogar, crendo em Sua real presença, embora nos esteja velada, não podemos distingui-Lo, mas imediatamente vem-nos em resposta a Sua doce voz – que nos dá a real prova de Sua majestosa presença, velando pelo que é Seu.  
Não importa se passamos pelos vales, escuros túneis, desertos, depressões, duros montes ou rochosas montanhas ao céu aberto, nosso amoroso Criador e Pai Eterno nunca nos deixa só.
"Não te deixarei, nem te desampararei" (Hebreus 13.6).

"E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28.20).

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