Por que estás tão longe, Senhor? Por que te
escondes em tempos de angústia?
Salmos 10.1
É bem verdade que Deus é nosso “socorro
presente na angústia”, mas para o nosso próprio bem e crescimento espiritual,
permite que as tribulações nos alcancem, como se com descaso ou indiferente à
pressão perturbadora na qual nos deparamos, Ele tudo observa e Se contem para
não intervir; para que esgotemos nossos argumentos, superemos nossos limites, cheguemos
ao final de nossas próprias forças e descubramos o valor do tesouro escondido,
o imenso lucro adquirido na tribulação.
Tão certo como Ele vive e está presente em
todos os lugares ao mesmo tempo, podemos nos assegurar de que Aquele que
permite o sofrimento está no controle de tudo, e está conosco na dor que
sofremos. Não é tão simples manter a serenidade em meio às adversidades e
lutas, e é bem possível que só O vejamos quando a aflição já estiver mais
amena, menos aguda... Mas precisamos manter viva a convicção de que Ele jamais
nos abandona no sofrimento. Não podemos visualizar Aquele a quem amamos e que
nos amou primeiro senão pelos olhos espirituais, nossos olhos carnais são limitados,
estão vendados pelo brilho ofuscante dos valores terrenos, tudo é noite e sem
discernimento as vendas nos cegam, de forma que não podemos distinguir em meio
a dor, nosso Sumo Sacerdote, mas Ele ainda está ali, ao nosso alcance,
profundamente compadecido, pronto para intervir se a carga tornar-se maior do
que nossas forças, se fraquejarmos suas fortes mãos prontamente nos sustentam.
Não consideremos a gravidade de nossos sofrimentos,
mas a Sua imutável fidelidade; e embora não O vejamos, podemos tranquilamente
com Ele dialogar, crendo em Sua real presença, embora nos esteja velada, não
podemos distingui-Lo, mas imediatamente vem-nos em resposta a Sua doce voz –
que nos dá a real prova de Sua majestosa presença, velando pelo que é Seu.
Não importa se passamos pelos vales, escuros
túneis, desertos, depressões, duros montes ou rochosas montanhas ao céu aberto,
nosso amoroso Criador e Pai Eterno nunca nos deixa só.
"Não te deixarei, nem te
desampararei" (Hebreus 13.6).
"E eis que estou convosco todos os
dias até à consumação do século" (Mateus 28.20).
Nenhum comentário:
Postar um comentário