segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Purificados pela dor


É preciso moer o cereal para fazer pão... Fazem passar as rodas da trilhadeira sobre o trigo,

                                Isaías 28.28

O trigo é esmiuçado até tornar-se pó para virar alimento, assim como nós precisamos ser partidos nas mãos do Mestre, para nos transformar em pão e saciar a fome espiritual do mundo.
O sofrimento não é preço elevado demais a se pagar pelo privilegio de abençoar outros menos favorecidos em nossa jornada, mesmo porque não podemos perder de vista que tudo o que há de mais valioso no mundo de hoje, foi conquistado através da dor, lágrimas e sofrimento, do nosso amado SENHOR Jesus.
“Inácio” disse algo dramático, mas profundamente real aos cristãos daquela época:
“Deus me tornou em pão para os Seus eleitos, e se for necessário que o pão seja moído nos dentes do leão para alimentar os Seus filhos, bendito seja o nome do SENHOR”!
Verdade é que cessamos de ser bênção, exatamente quando deixamos de sangrar, para nos doar totalmente é necessário que sejamos inteiramente consumidos; não pode haver sobras, nem migalhas, nem refugos, nem escórias... Como o metal refinado, totalmente purificado, aquilatado, apreciado por todos e altamente valorizado.
As adversidades, desventuras, pobreza, sofrimentos, dores, dificuldades, necessidades; tornam-se um desafio à energia e perseverança, que precisam ser superados; apelam e lapidam as fortes qualidades da alma, e dessa forma conduzem muitos a atos de grandeza espiritual e heroísmo moral. Deus permite as adversidades como um incentivo, uma motivação para rompermos a inércia, e agirmos e desenvolvermos a fé, nossa confiança e total entrega a Ele; sim, muitos vendavais e tempestades são usados para conduzirem grandes embarcações ao porto de destino.
Se observarmos veremos que os “grandes ícones” da Bíblia foram moídos, trilhados, esmigalhados e transformados em alimento para o faminto:
Abraão, o conhecido e respeitado “Pai da Fé”, graduou-se na escola da obediência de da aflição.
Moisés diplomou-se na mansidão ao liderar e conduzir uma multidão por quarenta longos anos, num dos piores lugares para se estar, o deserto.
José teve que superar a traição dos irmãos, suportar a cozinha e a esposa leviana de Potifar e a prisão do Egito; foi trilhado, moído e aquilatado antes de chegar ao trono.
Davi, perseguido pelos montes como uma presa, fugindo e se escondendo em cavernas para sobreviver, foi triturado para transformar-se em pão para um reino.
Paulo enfrentou naufrágios, açoites, prisões, apedrejamento; triturado até tornar-se pó de refinada qualidade para servir de pão a casa de Cesar.
A vitória é proporcional ao embate enfrentado; se estamos hoje em grandes lutas e adversidades, estejamos cientes de que há um galardão reservado, há um lugar especial no coração do Pai para nós, pois só passa por grandes tribulações aquele que é eleito.

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).

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