Perdoa-nos os nossos pecados, pois também
perdoamos a todos os que nos devem.
Lucas
11.4
O SENHOR Jesus nos orienta de que na
proporção em que perdoamos, seremos também perdoados.
É bem verdade que a irresistível atração
que o amor de Deus exerce sobre nós, ao inundar nosso coração, deixa também em
nós, amor por nossos irmãos. Desta forma, podemos exercitar o perdão não apenas
superficialmente, ou somente quando nosso ofensor se retrata, se arrepende ou
se desculpa conosco.
Não, não, o perdão é mais abrangente, tem
sentido mais profundo do que geralmente cremos; o perdão de Deus para nós não
se restringe apenas a um ato judicial, pelo qual nos “safamos” da condenação,
além do perdão pelo pecado cometido, temos a recuperação e regeneração dos
danos do pecado. Nosso coração sofre uma transformação pelo amor redentor nele
derramado.
"O Senhor é compassivo e
misericordioso, mui paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica
ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos
retribui conforme as nossas iniquidades... E como o Oriente está longe do
Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões" (Salmos
103.8-10,12).
Deus Criador, na pessoa do Filho Jesus
Cristo, ofereceu-Se por nossos pecados, carregou sobre Si o peso de nossa
culpa, para manifestar-nos o seu grande amor e atrair-nos para Si. E nos exorta:
"Sejam bondosos e compassivos uns para
com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em
Cristo" (Efésios 4.32).
O perdão, a reconciliação com Deus, não é
uma recompensa por nossos méritos, não, não; é uma dádiva que tem por base a
entrega e justiça do SENHOR Jesus por nós. Não podemos tentar minimizar nossa
culpa, justificando o pecado; pois se fosse imputado em nos o peso de nossa
culpa, seríamos esmagados, aniquilados... precisamos estar cientes de que a
avaliação celeste do pecado é extremamente severa e pesada. Somente a Cruz do Calvário
pode aquilatar a terrível gravidade do pecado.
Mas o Santo, Puro, Inocente, mesmo sem
merecer, tomou de nos todas as culpas, pecados, iniquidades, maldades e levou
sobre si, nos inocentando, tomou nosso lugar.
"Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça"
(1 João 1.9).
Juntemo-nos ao profeta Miqueias que diz:
"Quem é comparável a ti, ó Deus, que
perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu
que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor.
De novo terás compaixão de nós; pisarás as
nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar"
(Miquéias 7.18,19).
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