terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Os nossos problemas são oportunidades para Deus operar milagres

Algum tempo depois, Ben-Hadade, rei da Síria, mobilizou todo o seu exército e cercou Samaria. O cerco durou tanto e causou tamanha fome que uma cabeça de jumento chegou a valer oitenta peças de prata, e uma caneca de esterco de pomba, cinco peças de prata.
Um dia, quando o rei de Israel inspecionava os muros da cidade, uma mulher gritou para ele: "Socorro, majestade!”
O rei respondeu: "Se o SENHOR não a socorrer, como poderei ajudá-la? Acaso há trigo na eira ou vinho no tanque de prensar uvas? Contudo ele perguntou: Qual é o problema? Ela respondeu: "Esta mulher me disse: Vamos comer o seu filho hoje, e amanhã comeremos o meu. Então cozinhamos o meu filho e o comemos. No dia seguinte eu disse a ela que era a vez de comermos o seu filho, mas ela o havia escondido."
Quando o rei ouviu as palavras da mulher, rasgou as próprias vestes. Como estava sobre os muros, o povo viu que ele estava usando pano de saco por baixo, junto ao corpo. E ele disse: "Deus me castigue com todo o rigor, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, continuar hoje sobre seus ombros!"
Ora, Eliseu estava sentado em sua casa, reunido com as autoridades de Israel. O rei havia mandado um mensageiro à sua frente, mas, antes que ele chegasse, Eliseu disse às autoridades: "Aquele assassino mandou alguém para cortar-me a cabeça? Quando o mensageiro chegar, fechem a porta e mantenham-na trancada. Vocês não estão ouvindo os passos do seu senhor que vem atrás dele?”
Enquanto ainda lhes falava, o mensageiro chegou. Na mesma hora o rei disse: "Esta desgraça vem do SENHOR. Por que devo ainda ter esperança no SENHOR?”
Eliseu respondeu: Ouçam a palavra do SENHOR! Assim diz o SENHOR: "Amanhã, por volta desta hora, na porta de Samaria, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada serão vendidas por uma peça de prata".
O Oficial, em cujo braço o rei estava se apoiando, disse ao homem de Deus: "Ainda que o SENHOR abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer?”
Mas Eliseu advertiu: "Você o verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma!"
Havia quatro leprosos junto à porta da cidade. Eles disseram uns aos outros: "Por que ficar aqui esperando a morte? Se resolvermos entrar na cidade morreremos de fome, mas se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos, pois, ao acampamento dos arameus para nos render. Se eles nos pouparem, viveremos; se nos matarem, morreremos."
Ao anoitecer, eles foram ao acampamento dos arameus. Quando chegaram às imediações do acampamento, viram que não havia ninguém ali, pois o SENHOR tinha feito os arameus ouvirem o ruído de um grande exército com cavalos e carros de guerra, de modo que disseram uns aos outros: "Ouçam, o rei de Israel contratou os reis dos hititas e dos egípcios para nos atacarem!" Então, para salvar sua vida, fugiram ao anoitecer, abandonando tendas, cavalos e jumentos, deixando o acampamento como estava.
Tendo chegado às imediações do acampamento, os leprosos entraram numa das tendas. Comeram e beberam, pegaram prata, ouro e roupas e saíram para esconder tudo. Depois voltaram e entraram noutra tenda, pegaram o que quiseram e esconderam isso também.
Então disseram uns aos outros: "Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados. Se esperamos até o amanhecer, seremos castigados. Vamos imediatamente contar tudo no palácio do rei".
Então foram, chamaram as sentinelas da porta da cidade e lhes contaram: "Entramos no acampamento arameu e não vimos nem ouvimos ninguém.
Havia apenas cavalos e jumentos amarrados, e tendas abandonadas". As sentinelas da porta proclamaram a notícia, e ela foi anunciada dentro do palácio. O rei se levantou de noite e disse aos seus conselheiros: "Eu lhes explicarei o que os arameus planejaram. Como sabem que estamos passando fome, deixaram o acampamento e se esconderam no campo, pensando: "Com certeza eles sairão, e então os pegaremos vivos e entraremos na cidade."
Um de seus conselheiros respondeu: "Manda que alguns homens apanhem cinco dos cavalos que restam na cidade. O destino desses homens será o mesmo de todos os israelitas que ficarem, sim, como toda esta multidão condenada. Por isso vamos enviá-los para descobrir o que aconteceu".
Assim que prepararam dois carros de guerra com seus cavalos, o rei os enviou atrás do exército arameu, ordenando aos condutores:
"Vão e descubram o que aconteceu". Eles seguiram as pegadas do exército até o Jordão e encontraram todo o caminho cheio de roupas e armas que os arameus haviam deixado para trás enquanto fugiam. Os mensageiros voltaram e relataram tudo ao rei.
Então o povo saiu e saqueou o acampamento dos arameus. Assim, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada passaram a ser vendidas por uma peça de prata, conforme o SENHOR tinha dito.
Ora, o rei havia posto o oficial em cujo braço tinha se apoiado como encarregado da porta da cidade, mas quando o povo saiu, atropelou-o junto à porta, e ele morreu, conforme o homem de Deus havia predito quando o rei foi à sua casa. Aconteceu conforme o homem de Deus dissera ao rei: "Amanhã, por volta desta hora, na porta de Samaria, tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada serão vendidas por uma peça de prata".
O oficial tinha contestado o homem de Deus perguntando: "Ainda que o SENHOR abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer?" O homem de Deus havia respondido: "Você verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma!" E foi exatamente isso que lhe aconteceu, pois o povo o pisoteou junto à porta da cidade, e ele morreu.
                             2 Reis 6.24—7.20

A Palavra de Deus está repleta de promessas, as quais só se realizam por intervenção divina, Ele quer que experimentemos eventos miraculosos em nosso cotidiano, servimos a um Deus de milagres!
Os acontecimentos observados na vida de Eliseu, dos filhos de Israel e dos quatro leprosos citados no texto em estudo caracterizam um Deus de milagres. Era um tempo de desespero — ou um tempo de milagres. Nada que pudesse ser feito por meios humanos poderia mudar a situação. Os israelitas precisavam de um milagre de Deus porque as suas adversidades eram grandes demais para eles superarem.
O rei da Síria foi a Samaria e cercou a cidade até que houvesse grande fome. Coisas absurdas começaram a acontecer. As pessoas começaram a fazer o que normalmente não fariam e a comer coisas que em outras circunstâncias não comeriam, por causa do desespero. A fome, o medo, a frustração e o desespero levaram-nas a apelar para práticas desumanas, no instinto de sobrevivência.     
O rei de Israel soube que as mães estavam cozinhando e comendo os próprios filhos e que outros estavam morrendo de fome. Ele ficou tão irado diante da situação que começou a fazer acusações contra Deus e contra o profeta Eliseu. As circunstancias eram tão avassaladoras que ele se esqueceu de todos os milagres que Deus efetuara a favor da nação de Israel ao libertá-la do cativeiro do Egito.
O rei mantinha os olhos fixos nas terríveis circunstâncias e no tamanho da necessidade de sua nação, em vez de olhar para a GRANDEZA DE DEUS!
E, quanto mais ele fixava os olhos nas tragédias ao redor, mais irado ficava com o profeta de Deus. Ele começou a acusar Eliseu e a culpar Deus pela fome e mandou um mensageiro para matar Eliseu.
O profeta estava não apenas sujeito a uma possível morte pela fome, como também corria o risco de morrer pelas mãos do mensageiro do rei.
Como Eliseu reagiu diante dessas ameaças contra a sua vida? Os seus olhos não estavam fixos nas circunstâncias, mas no Deus dos milagres, que ele vira em ação tantas vezes. Ele sabia que Deus faria o mesmo por ele.
Eliseu não apontou o dedo para Deus, perguntando por que Ele havia permitido aquela situação. Em vez disso, de sua boca saiu uma palavra profética, e Deus colocou em ação os eventos que trariam o milagre de que ele precisava.
Eliseu não entrou em pânico. Ele não estava com medo, porque conhecia o Deus de milagres. Os olhos do profeta estavam no Senhor e na palavra que Ele enviara por seu intermédio. A profecia previa uma bênção sobre o povo de Deus: em 24 horas, Deus interviria sobrenaturalmente nas circunstâncias deles. Era a hora do milagre!
Contudo, a palavra profética foi recebida com incredulidade e escárnio! O "braço-direito" do rei contestou Eliseu, zombou do profeta e duvidou, porque a cidade estava cercada pela Síria fazia muito tempo. Não havia maneira humanamente possível de aquela promessa se cumprir.
Eliseu não se deixou abater pela zombaria daquele homem. Ele não discutiu. Disse simplesmente: "Você o verá com os próprios olhos, mas não comerá coisa alguma!".
O profeta foi capaz de encarar a morte e transmitir corajosamente a mensagem de Deus. Ele sabia que Satanás estava tentando usar as circunstâncias para derrotá-lo. Mais importante, porém, foi saber que Deus transformaria essas mesmas circunstâncias e as usaria a seu favor. As circunstâncias trágicas foram apenas mais uma oportunidade para Deus efetuar um milagre!
Deus recompensou a fé de Eliseu. Ele supriu o profeta no auge de sua necessidade. O Deus onisciente e todo-poderoso sabia que a palavra comunicada pelo seu profeta mudaria as circunstâncias — salvaria a vida de Eliseu e de todos os que passavam fome em Samaria.
Lembre-se: a Palavra de Deus sempre é revelada para desafiar as nossas circunstâncias. Não há problema que a fé e a lealdade à Palavra de Deus não resolva. O cerco de Samaria e a fome que os israelitas enfrentavam foram oportunidades para Deus intervir, para que Ele mostrasse o seu poder e atendesse às necessidades do povo. Em outras palavras, Deus foi glorificado por meio das circunstâncias vividas pelo seu povo.
As palavras provenientes de Deus e proferidas por Eliseu desafiaram as circunstâncias. Elas não estavam baseadas na suposição, na esperança ou na intuição de Eliseu, tampouco em qualquer habilidade humana. A mensagem não se baseava em nada que Eliseu tivesse visto com os olhos naturais. As circunstâncias ainda eram as mesmas, as pessoas estavam morrendo de fome.
Eliseu proferiu aquelas palavras baseado em sua confiança no Deus de milagres. Ele sabia que aconteceria tudo que Deus havia prometido. Não havia dúvida nem hesitação, apenas fé em Deus. As palavras tinham poder suficiente em si mesmas para produzir o milagre de que eles precisavam - eram palavras de Deus.
Porém, A FÉ É UM FATO, MAS TAMBÉM ATO! O principal ingrediente, que trouxe o milagre, não foi apenas a grande fé de Eliseu, e sim as palavras respaldadas pela intrepidez do profeta ao proferi-las. Eliseu teve de agir, ou seja, declarar as promessas ANTES que ele enxergasse qualquer manifestação visível de seu cumprimento.
E, exatamente como Deus prometeu, no dia seguinte, "tanto uma medida de farinha como duas medidas de cevada passaram a ser vendidas por uma peça de prata, conforme o SENHOR tinha dito" (7.16).

Assim como as palavras da parte de Deus foram declaradas para ir ao encontro das necessidades do povo de Samaria, a Palavra de Deus está repleta de promessas para nos. Não importa quão dolorosa ou insolúvel a situação pareça, existe uma palavra de Deus que irá ao encontro de nossa necessidade. Ele é fiel e cumpridor de suas promessas.

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