terça-feira, 5 de agosto de 2014

Jesus, Cordeiro de Deus

"Tomem e comam; isto é o meu corpo." (Mateus 26.26b)
Jesus partiu o pão, abençoou-o e ofereceu-o aos seus discípulos. Depois, tomou um cálice, cheio do fruto da vide, abençoou-o e deu-lhes, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados" (Mateus 26.27-28).
Que momento glorioso no plano e propósito de Deus!
Ali, no cenáculo, quando Jesus se preparava para entregar a própria vida como sacrifício pelos pecados do mundo, derramando o próprio sangue, Ele celebrou uma ceia com os discípulos, que marcou o final da Antiga Aliança e o estabelecimento de uma aliança NOVA e MELHOR.
Essa hora Deus determinara desde a fundação do mundo, esse foi o momento que Ele marcou para fazer uma aliança eterna com a  humanidade, a qual seria selada com o sangue de seu único Filho! Esse foi o dia marcado para que o único, perfeito e definitivo Sacrifício fosse oferecido no altar do Deus todo-poderoso!
As ofertas de sacrifício dos cordeiros e o sangue espargido sobre o povo e sobre o altar da Antiga Aliança não seriam mais necessários. Mais de 1 400 anos se haviam passado desde o estabelecimento da aliança no monte Sinai. Todos os sacrifícios desde então apontavam para o dia em que Jesus Cristo, o Cordeiro Imaculado, seria oferecido como derradeiro sacrifício eficiente e eficaz, a fim de libertar o homem das garras de Satanás e da escravidão do pecado.
Foi o dia da libertação, LIBERDADE para todos os crentes!
A Antiga Aliança havia cumprido o seu propósito, pois revelara ao homem o terror, o cativeiro e a escravidão do pecado, bem como a necessidade de redenção. O sangue de touros e de carneiros era insuficiente para remover o pecado humano. Mas chegou o tempo designado por Deus para que a humanidade fosse liberta do pecado e firmasse uma aliança eterna com Deus.
Jerusalém estava em festa, cheia de sons de louvor. Milhares de alegres peregrinos haviam chegado à Cidade Santa para observar a Páscoa, que celebrava a libertação de Israel da escravidão egípcia.
Durante essa festa, todas as famílias deviam sacrificar. Na tarde que antecedia a noite da Páscoa, um cordeiro "sem mácula" era morto no Templo, e o sangue era oferecido a Deus no altar. A carne era assada e comida à mesa pela família.
Durante a ceia da Páscoa, o cálice de vinho era passado, seguido de ervas amargas mergulhadas em um molho vermelho feito de amêndoas, nozes, figos e outras frutas. Depois que era passado o segundo cálice de vinho, o chefe da família explicava o significado do cordeiro pascal e refletia sobre a libertação de Israel da escravidão no Egito. Ele recordava a esperança do Messias que viria, o qual os redimiria e libertaria de seus pecados. O último ato era passar o terceiro cálice de vinho, o "cálice da bênção".
Após entrar em Jerusalém, Jesus ordenou que os discípulos providenciassem os preparativos para a Páscoa, pois iriam passá-la juntos. Quando tudo estava pronto, Jesus e os discípulos subiram ao cenáculo e se assentaram. Jesus disse-lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer" (Lucas 22.15). Ele já havia, sem dúvida, celebrado a Páscoa com os discípulos anteriormente. Entretanto, aquela não seria apenas a última refeição que comeriam juntos antes da ressurreição, mas o cumprimento pleno da Páscoa. No dia seguinte, Jesus se tornaria a Oferta sacrifical, o imaculado "Cordeiro de Deus", para libertar o seu povo da escravidão do pecado.
Tentemos imaginar a emoção que se acumulou interiormente em Jesus quando Ele comeu a carne do cordeiro do sacrifício — que apontava para a sua morte sacrifical — e bebeu do fruto da vide — que representava o seu sangue? Em essência, Jesus estava dizendo: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês.
Este é o dia que esperei para ver. Este é o dia para o qual nasci!".

Aquele era o momento pelo qual Ele aguardava; o momento em que o propósito de sua vinda à terra seria cumprido. 
Afinal: "Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste. Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus" (Hebreus 10.5-7).

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